Projeto Dar a Luz: uma reflexão sobre amor materno e adoção

Faltam três meses para o Natal, época de demonstrar amor, de distribuir carinho e de ficar junto da família. Mas essa realidade pode demorar a acontecer para alguns bebês e seus futuros pais. E para acelerar o processo de adoção existem iniciativas como o Projeto Dar a Luz que garantem que todos os recém-nascidos entregues para adoção na Maternidade Cândido Mariano recebam um lar.

A ideia do Projeto Dar a Luz surgiu quando a juíza Katy Braun, a psicóloga Sandra Regina Monteiro Salles e a assistente social Vanessa Vieira, idealizadoras do programa, perceberam a grande quantidade de mulheres que abandonam seus filhos ou procuram desconhecidos para assumirem sua criação, por não saberem que entregar o bebê à adoção não é crime. O projeto também é uma alternativa para as mulheres que engravidaram sem desejar e cogitam abortar, pois, o aborto, nessa hipótese, não é permitido do Brasil.

Motivos e julgamentos

“Já aconteceu de mães chegarem na recepção ou depois do parto e falarem que não querem levar o bebê para a casa”, relata Taline Mara Ricardino, assistente social da Maternidade Cândido Mariano. Essa prática é comum e não acontece apenas em um grupo específico de gestantes. “Tivemos pacientes advogadas, mulheres de classe média alta e bem instruídas. A variedade de motivos para entregar o recém-nascido é muito grande”, complementa.

“Também teve uma menina do interior que estava estudando na capital e os pais não sabiam que ela estava grávida. Então, ela entregou o bebê e a justificativa foi de não interromper o sonho da família de vê-la se formar na faculdade”, revela a assistente social. Para alguns estes motivos parecem questionáveis e muitos até julgam. Mas será que as mulheres que doam seus bebês para adoção devem ser estigmatizadas?

Para a psicóloga da Maternidade Cândido Mariano, Jackeline Medeiros, a mãe que entrega o filho para adoção é uma temática polêmica desde os tempos mais antigos porque abala um dos pilares da sustentação da família, que é a mulher maternando, e que ao mesmo tempo torna-as estigmatizadas e vistas com estranhamento quando não ocorre. “Não cuidar do seu próprio filho é tido como algo monstruoso, que mexe com o pensamento da sociedade”, analisa.

“Mas quantas famílias hoje são felizes porque tiveram seus filhos por meio da adoção? Muitas pessoas tem problemas de fertilidade, por exemplo. Talvez, se não fossem essas mães doando eles não seriam pais. Por isso, a sociedade precisa entender que entregar um filho não é errado, não é feio, não é proibido e não é um crime. É legal, a lei ampara. É um ato de amor”, explica a profissional de psicologia.

Para Jackeline, a entrega do filho em adoção é um ato de consciência e não de abandono. “A mãe reconhece que não pode, por algum motivo, maternar essa criança. Então, ela está dando a esse bebê a oportunidade de ser cuidado e ter uma família através de outras pessoas. E isso é amor também”, finaliza.

Mais sobre o projeto

Criado em setembro de 2011, o Projeto Dar a Luz foi lançado pela Vara da Juventude, da Infância e do Idoso (VIJI) de Campo Grande, com o objetivo de dar apoio às gestantes que querem colocar seus filhos para adoção. A intenção é oferecer um serviço de acolhimento e orientação a essas mulheres, favorecendo a reflexão sobre o processo de decisão e sobre a importância da entrega responsável.

Na Vara, é disponibilizado à gestante um espaço onde ela é ouvida por uma psicóloga e uma assistente social, recebe orientação sobre como conduzir com responsabilidade a gestação, as implicações de sua decisão, além de orientações sobre como agir diante de eventuais assédios para entregar de forma ilegal a criança. Se o único impedimento da mãe para maternar é a falta de condições materiais, a gestante é inserida na rede municipal de proteção para receber o apoio necessário.

Quem deseja adotar deve estar habilitado na Vara da Infância e Juventude. Após participar do Curso de Preparação à Adoção, os pretendentes serão orientados, avaliados e preparados pela equipe de profissionais da Vara da Infância.

 

Maternidade

A Maternidade Cândido Mariano, localizada em Campo Grande, é referência nacional em Ginecologia obstetrícia e UTI Neonatal. Há 81 anos, faz parte do momento mais importante na vida dos sul-mato-grossenses, que é o nascimento. Sua meta é o cuidado com excelência, modernização e segurança, além do compromisso com o bem-estar de todos que procuram a instituição. Maternidade Cândido Mariano. Aqui, nasce o futuro.

Mais de 9 mil bebês nasceram na Maternidade Cândido Mariano no último ano

A Maternidade Cândido Mariano, de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, realizou 9.102 partos em 2018. Os dados foram levantados pela Coordenadoria de Estatísticas Vitais (Cevital) da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) e revelados por meio de um informativo.

 

De acordo com o boletim, foram registrados 16.446 nascimentos (nascidos vivos) em Campo Grande. E a Maternidade Cândido Mariano concentrou a maior quantidade desses nascimentos, sendo que 55,6% desse total nasceram no hospital, com a média de 758,5 partos por mês na Maternidade.

 

“É muito satisfatório olhar para esses números e perceber que os dados compravam a qualidade dos nossos serviços, tanto para as mães de Campo Grande, quanto para as mulheres dos municípios da região que veem buscar atendimento aqui”, afirma o presidente da Maternidade Cândido Mariano, Cezar Luiz Galhardo.

 

Tendências

 

Ainda conforme o boletim, 16.329 nascimentos ocorreram em hospitais, 57 em outros estabelecimentos de saúde, 51 partos foram domiciliares e nove ocorreram em outros locais.

 

No último ano, 14,226 nascimentos foram de mães residentes na Capital. Desse total, 13,3% foram de mães adolescentes, 70,7% foram de mães de 20 a 34 anos e 16% de mães com 35 anos ou mais.

 

No boletim anterior (2017), a gravidez na adolescência foi de 14,0%, 71,8% foram de mães entre 20 e 34 anos e 14,2% nas mães acima de 35 anos, o que revelou uma tendência para diminuição na gravidez precoce.

 

Maternidade

 

A Maternidade Cândido Mariano, localizada em Campo Grande, é referência nacional em Ginecologia obstetrícia e UTI Neonatal. Há 81 anos, faz parte do momento mais importante na vida dos sul-mato-grossenses, que é o nascimento. Sua meta é o cuidado com excelência, modernização e segurança, além do compromisso com o bem-estar de todos que procuram a instituição. Maternidade Cândido Mariano. Aqui, nasce o futuro.

Mãe de trigêmeos, mulher pede ajuda com doações de fraldas e leite

Sabe aquele ditado de que “três é demais”? Bom, ele não vale para a Vanessa da Silva, de 28 anos, que deu à luz a trigêmeos no dia 23 de agosto na Maternidade Cândido Mariano. A mãe, contente com o nascimento do Nycolas, da Maria Eduarda e do Henrique, agora, pede ajuda com doações de leite e fraldas para os recém-nascidos.

 

Vanessa, que mora na Cidade de Coxim, no interior de Mato Grosso do Sul, está hospedada na Casa da Mãe Gestante, da Maternidade Cândido Mariano e revela uma rotina intensa de troca de fraldas com os bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “São 24 fraldas por dia. Oito para cada um”, explica a mãe.

 

Outra necessidade, de acordo com Vanessa, é o leite em pó para recém-nascidos. “Ainda estou amamentando os bebês no peito. Uma hora eu dou leite para um, na outra mamada eu alimento outro e assim vou fazendo o rodízio. Porém, já preciso do leite artificial para complementar, só tenho que confirmar com a médica qual leite eles vão tomar”, diz.

 

Nascimento

 

A mãe relembra o susto que foi o nascimento dos trigêmeos. “A gestação estava tranquila até 33 semanas. Mas, do nada, a minha pressão começou a subir muito rápido, então, eu vim para a Maternidade Cândido Mariano fazer consulta com o médico e ele sugeriu fazer o parto porque era um quadro de pré-eclampsia e tinha risco de perder as crianças”, conta.

 

Porém, após o nascimento tudo se regularizou graças ao trabalho dos profissionais da Maternidade Cândido Mariano. “Eles nasceram com 34 semanas e agora estão bem saudáveis. O Nycolas veio ao mundo com 2,70 kg, a Maria Eduarda com 1,905 kg e o Henrique com 1,605 kg. E o peso deles só vem aumentando”, afirma Vanessa.

 

Grata ao atendimento recebido, a mãe é só elogios. “Eu digo que estou fora de casa, mas que também estou com uma família aqui no hospital. Sou muito agradecida a toda equipe da Maternidade, aos profissionais de todos os setores que tenho contato aqui”, comenta.

 

Mesmo com as dificuldades financeiras para manter as três crianças saudáveis, a mãe garante que ama cada um deles de maneira especial. “O Nycolas, a Maria Eduarda e o Henrique são trigêmeos, mas são diferentes. Todos têm suas personalidades distintas”, brinca Vanessa.

 

Vale ressaltar que não serão aceitas doações em dinheiro. Para ajudar Vanessa e outras mães doando leite, fraldas para recém-nascidos ou outros itens, como roupas ou produtos de higiene, é só entrar em contato com o Serviço Social da Maternidade Cândido Mariano, por mensagem ou ligação, pelo número 67 99830-9975.

 

Maternidade

 

A Maternidade Cândido Mariano, localizada em Campo Grande, é referência nacional em Ginecologia obstetrícia e UTI Neonatal. Há 81 anos, faz parte do momento mais importante na vida dos sul-mato-grossenses, que é o nascimento. Sua meta é o cuidado com excelência, modernização e segurança, além do compromisso com o bem-estar de todos que procuram a instituição. Maternidade Cândido Mariano. Aqui, nasce o futuro.

Prevenção ao suicídio marca o “Setembro Amarelo”; saiba como ajudar

O próximo 10 de setembro será o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Em razão disso, desde 2015, algumas associações se mobilizaram para criar o “Setembro Amarelo”, uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio.

“A ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa”, diz o movimento, liderado por CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psicologia).

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas. No Brasil, 32 pessoas se matam por dia. No mundo, há uma morte do tipo a cada 40 segundos. Por isso, o movimento é feito para mostrar que a prevenção é fundamental para reverter a situação.

Para a campanha “Setembro Amarelo”, “a primeira medida preventiva é a educação”. “É preciso perder o medo de se falar sobre o assunto. O caminho é quebrar tabus e compartilhar informações. Esclarecer, conscientizar, estimular o diálogo e abrir espaço para campanhas contribuem para tirar o assunto da invisibilidade e, assim, mudar essa realidade”, diz o grupo.

O suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, diz a campanha. “Mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo”, pontua o grupo. Fatores que merecem atenção são isolamento, mudanças de hábitos, perda de interesse por atividades que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite.

De acordo com o grupo, para fazer propaganda da causa, ficarão com iluminação amarela monumentos e prédios como Cristo Redentor, o Congresso Nacional e o Palácio do Itamaraty, o estádio Beira-Rio e o elevador Lacerda, entre outros.

O movimento, porém, lembra que “todos podem ser divulgadores desta importante causa”. “Ações na rua, caminhadas, passeios ciclísticos, roupas amarelas ou simplesmente o uso do laço no peito já despertam atenção e contribuem para a conscientização.

 

Fonte: UOL